Cianotipia

Trabalhar com processos fotográficos antigos é muito prazeroso para mim e, desta vez, resolvi experimentar um pouco com a cianotipia.

Já conhecia há muito tempo este processo de forma teórica, pois fazia parte do programa da aula de História da Fotografia, que ministrei na Sopef como professor substituto. No entanto, nunca tinha feito um cianótipo sequer.

Decidi então comprar os químicos, sendo a opção mais em conta a de adquiri-los de uma indústria de Ribeirão Preto, a mesma que me fornece os insumos para o laboratório PB. Enquanto a encomenda não chegava, me debrucei nos estudos para evitar erros bobos e desperdícios de material.

Encontrei nos meus arquivos um PDF sobre o assunto, mas o que realmente me ajudou foi o conteúdo do site alternativafotografica.wordpress.com. Assim como os vídeos dos canais Lab Clube do Rio de Janeiro, e do Diafragma 8 de São Paulo.

Enquanto estava trabalhando em algumas cianotipias, em meio a erros e acertos, aproveitei para gravar algumas cenas e compartilhar com os amigos que têm curiosidade sobre este processo tão antigo.

Primeiros testes, direto do escâner:

Este é o cianótipo que aparece no vídeo com a cor original.

 

Este foi um teste em papel fotográfico para jato de tinta. Gostei muito da aparência. Porém, mesmo acidificando o papel anteriormente, o amarelado não saiu de jeito nenhum na lavagem. Isso indica que, futuramente, ele pode oxidar e destruir a imagem.

 

Este foi tonalizado com café coado. Ficou 1 hora de molho até atingir este tom escuro. Incrível como o tanino adere ao ferro, modificando completamente a cor da imagem. De brinde, vem o tingimento total da base do papel trazendo esta aparência de envelhecido. Gostei!

 

Para concluir, eu acho estes processos antigos muito divertidos. É algo com o qual eu desejo criar e experimentar cada vez mais.

Em breve devo escrever mais sobre o assunto.

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