Depois de perder um ente querido, parece ser comum aos fotógrafos terem a necessidade de fotografar amigos. Exatamente o que aconteceu comigo há um mês e pouco. Assim, após algumas mensagens, ontem fiz uma visita a um velho amigo querido. A fotografia passou a ser uma ótima desculpa (não que precisasse de uma) para passar um tempo com quem admiro.
O Arthur, no caso, é um grande músico, daqueles artistas super criativos que poucos têm o privilégio de conhecer. E para mim o privilégio é maior, pois nos conhecemos desde criança e já fizemos muito barulho juntos.
Cheguei a sua casa junto com a chuva (chove demais nessa época do ano em Franca). Conversamos um pouco e ele me mostrou algumas canções que irão compor seu próximo álbum “Noites Brancas”. Achei tudo muito sofisticado e bem feito, incluindo algumas da sua antiga banda Indoor, que ganharam novas letras em português. Aguardo ansioso pra ouvi-lo inteiro.
Sobre os retratos, minha ideia inicial era fazer com médio formato e filme colorido que havia trazido de Petrópolis recentemente. Mas a câmera resolveu dar defeito bem na hora do ensaio. Por sorte também tinha levado minha Nikon FM com uma 85mm e filme preto e branco. Ela salvou o dia.
Comecei a clicar e trocamos muita ideia boa. Ele me falou de suas leituras recentes, planos e etc. Fez um café, acendeu um cigarro e a chuva foi diminuindo, até que parou. Aí fomos numa praça muito bonita e pouco utilizada pra terminar o rolo de filme. O tempo estava fresco e o ar bem limpo, não tinha sol, nem ninguém por perto.
Acompanhe o trabalho do Arthur pelo seu canal no YouTube: https://www.youtube.com/user/tuizotozzi
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dois amigos